domingo, 31 de agosto de 2008

Solidão

Em meio a escuridão
A beira do abismo
No esconderijo do eu
Adoece-se nessa tortura

No mar da solidão
No recanto do íntimo
A alma chora, berra
Faz birra, vai à loucura

No rosto correm salobras
as águas que não mais saciam
a sedenta alma de paz

Em seu navegar , não mais
ensejos de esperança brilham
em seu espírito.

domingo, 24 de agosto de 2008

O calor de sua presença
me confundi e transtorna
fico burra e lenta
os pensamentos me traem
torna mais difícil o raciocínio
perco os sentidos
lógica, coordenação e ação
não passam de palavras
fico sem saber quem sou
onde estou e o que fazer
deixo de ser eu
ou passo ser uma parte de mim
que não conhecia
fico presa a essa condição
sem controlar a respiração
até que você vai embora
e me liberto novamente
de volta a tristes pensamentos
.
Vida

Vida, querida vida,
De enganos, desencontros e lida,
Alegrias, choros, cansaço,
Desesperos, esperança, abraços,

Vida que através do trabalho,
No encontro, do descanso,
Na felicidade e na dor,
Brutos e mansos a querem com amor.

Vida, misteriosa vida,
Reclamada e querida,
Quando a vêem quase perdida

Mistério que não distingue raça
Credo, nem crédito na praça;
Vida mistério do amor.

Marizé

(Esse quem escreveu fio minha mãe, diferente dos meus textos, esse é alegre, tem vida, é como uma composição de Vivald)